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Especialista alerta para a relação entre apneia do sono e disfunção sexual masculina

19 de julho de 2022

Você sabia que uma noite de sono mal dormida pode interferir na sua libido? Imagine então noites recorrentes com dores orofaciais, roncos, insônia e apneia. De acordo com o cirurgião bucomaxilofacial, Thiago Leite, a apneia do sono piora o chamado bruxismo do sono, potencializando assim a disfunção temporomandibular (DTM) e desencadeando uma série de consequências, dentre elas a ausência de desejo sexual, principalmente entre os homens.

De acordo com o especialista, dormir mal diminui o nível de testosterona, considerado o principal hormônio masculino. Thiago Leite lembra que esse tipo de hormônio tende a ser produzido por nosso corpo no início do sono. Essa produção vai crescendo ao longo da noite alcançando seu pico no começo da manhã. Por isso, cuidar de todo e qualquer problema que venha a representar interferências noturnas do sono é mais do que importante, como salienta o Thiago.

O cirurgião chama a atenção, por exemplo, para os pacientes que sofrem com a apneia do sono obstrutiva, quando ocorre uma queda dos níveis de oxigenação do sangue. O paciente acorda a todo momento para respirar e essas interrupções prejudicam por demais a produção do hormônio responsável justamente pelo desejo ou libido sexual. Outro caso muito típico é do indivíduo que ronca durante o sono. “O ronco nada mais é do que a passagem do ar pelas vias aéreas com dificuldade, por serem vias curtas ou estreitas. É isso que gera o ronco. Essa dificuldade faz com que o paciente acorde várias vezes à noite para respirar”, afirma.

A consequência é a pessoa passar o dia inteiro cansada, irritada e sonolenta, e Thiago Leite ainda acrescenta que tudo isso ainda aumenta o hormônio do estresse chamado cortisol, o qual faz com que a pessoa desenvolva gordura abdominal, gordura na região cervical e ainda reduza os níveis de testosterona, diminuindo assim a libido sexual e levando o homem a ter dificuldades na ereção. O especialista enfatiza que a apneia do sono, assim como as dores orofaciais, tem cura e precisam passar por uma avaliação de um especialista bucomaxilo. A cirurgia ortognática para avanço do maxilo mandibular já representa solução definitiva em cerca de 92 por cento dos casos de apneia obstrutiva.

 

Texto: Agência Viver Mais Comunicação Integrada

Adriana Matos & Cristiane Melo