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Síndrome de Burnout: doença deve ser mal a se combater em 2024 nas empresas

3 de maio de 2024

O Ministério da Saúde divulgou uma atualização significativa na lista de doenças relacionadas ao trabalho, agora totalizando 347 códigos de diagnóstico, com a inclusão de 165 novas patologias. Dentre essas, destaca-se o Burnout, também conhecido como síndrome do esgotamento profissional. Essa doença promete ser o grande tema a ser combatido em 2024 na empresas.

“Essa nova postura traz importantes mudanças em relação ao tema, sendo que, a partir de agora, quem comprovadamente desenvolve essa síndrome, passa a ter vários direitos previdenciários e trabalhistas a serem exercidos. Como é o caso de receber o auxílio-doença acidentário, aposentadoria por invalidez ou até mesmo indenizações vitalícias a depender da situação”, explica Dr. Vicente Beraldi, médico especialistas em medicina do trabalho da Moema Medicina do Trabalho.

O ministério enfatiza que esse esgotamento pode originar-se de fatores psicossociais ligados à gestão organizacional, à natureza das tarefas laborais e às condições do ambiente corporativo. Além disso, a lista foi expandida para incluir transtornos mentais, reconhecendo as crescentes pressões e desafios enfrentados pelos trabalhadores contemporâneos.

Em um cenário empresarial cada vez mais competitivo, onde a busca por alto desempenho e liderança é constante, as dinâmicas de trabalho foram profundamente impactadas pelo avanço tecnológico, exigindo uma atenção especial na relação entre empresas e colaboradores.

“Diversos fatores preocupantes podem surgir dentro das empresas e serem vetores de problemas como o Burnout, como metas acirradas e prazos apertados, a coexistência de colaboradores de diferentes gerações e culturas, e a complexa conciliação do bem-estar com as expectativas financeiras. Enfrentar esses desafios requer uma cultura colaborativa e políticas de trabalho eficazes”, alerta Dr. Vicente Beraldi.

Em um mundo empresarial cada vez mais competitivo, as empresas enfrentam a constante demanda por alto desempenho e liderança no mercado. O avanço tecnológico, embora tenha trazido benefícios, também trouxe mudanças profundas nas dinâmicas de trabalho, demandando uma atenção especial na relação entre empresas e colaboradores.

Hoje são vários fatores preocupantes que podem geral problemas dentro das empresas dentre os quais podemos citar:

  • Metas acirradas e prazos apertados – As metas para a tão almejada liderança impõem prazos cada vez mais desafiadores, transformando o ambiente de trabalho em um campo hostil.
  • Diversidade geracional e cultural – A coexistência de colaboradores de diferentes gerações, com anseios e metodologias distintas, gera um choque social e cultural dentro das empresas.
  • Conciliação do bem-estar com expectativas financeiras – O grande desafio corporativo é alcançar o bem-estar dos colaboradores, mantendo o alinhamento com as expectativas financeiras e macroeconômicas, por meio de uma cultura colaborativa e uma política de trabalho eficaz.

Diante desse cenário desafiador, o Dr. Vicente Beraldi é importante nas empresas ações que visem potencializar a construção de ambientes mais justos. Por meio de ações que partam das áreas de gestão e recursos humanos, e acompanhando os colaboradores, além de intensificar percepções internas e possíveis pontos a serem melhorados.

Entenda o Burnout

Mas, o que é Burnout, segundo Dr. Vicente Beraldi, essa é uma síndrome, também conhecida como “síndrome do esgotamento profissional”, é um distúrbio psíquico causado pela exaustão extrema relacionada ao trabalho.

“Essa doença, que já foi reconhecida como relacionada ao trabalho tem como sintomas o cansaço excessivo, dor de cabeça, alterações no apetite, insônia, dificuldades de concentração, sentimentos negativos e físicos como pressão alta, dores musculares e problemas gastrointestinais”, detalha o especialista.

Para empresa o impacto desse problema é muito grande pois ela resulta em três pilares essenciais, que impactam a rotina das empresas, que são exaustão de energia, distanciamento mental ou negativismo/cinismo relacionados ao trabalho, e redução da eficácia profissional.

Para a pessoa que está preocupada com o Burnout, já existem estudos que mostram os degraus que as pessoas passam até chegar ao extremo, que são:

  • Necessidade de autoafirmação
  • Aumento da carga de trabalho
  • Desleixo com necessidades pessoais
  • Distanciamento e ansiedade crescente
  • Redefinição de valores pessoais
  • Negligência aos problemas emergentes
  • Isolamento social
  • Mudanças comportamentais preocupantes
  • Despersonalização
  • Sentimento de vazio interior
  • Intensificação de sintomas depressivos
  • Quadro de Burnout com exaustão emocional

Contudo, existem caminhos para prevenção desses males, conforme detalha Dr. Vicente Beraldi, que detalha alguns desses:

  • Estabelecimento de objetivos – Definir pequenos objetivos na vida profissional e pessoal.
  • Equilíbrio entre trabalho e vida pessoal – Participar de atividades de lazer, fugindo da rotina diária.
  • Atividades físicas regulares – Praticar exercícios físicos regularmente.
  • Cuidados com a saúde mental – Evitar consumo de substâncias nocivas, não se automedicar e garantir uma boa qualidade de sono.

Mas, para além das pessoas as empresas também têm um papel crucial na reversão dessa situação. Em um contexto em que o esgotamento profissional é uma realidade latente, a prevenção torna-se crucial para manter a saúde mental e a qualidade de vida dos colaboradores, contribuindo para ambientes de trabalho mais saudáveis e produtivos.

Assim se mostra necessário que as empresas busquem por novas soluções para esses problemas, apontando para um futuro mais promissor nas relações corporativas.

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